Em um dos posts anteriores deste blog, iniciei uma discussão sobre como a mobilidade aliada ao geotagging e a serviços de geoposicionamento poderia trazer perspectivas interessantes para a Comunicação e o Marketing. GPS integrado em celulares e smartphones já são coisas do cotidiano e o uso de ferramentas de geoposicionamento, como o Maps, no celular ou via web, se encontra em visível processo de consolidação.
Uma das aplicações interessantes que este panorama pode trazer para os negócios é muito bem traduzida por um serviço do Google, o Local Business Center. Através dele, você pode cadastrar o seu negócio, sinalizando-o geograficamente (geotagging) e inserindo informações de contato, fotos e outros conteúdos. Para um restaurante, por exemplo, pode-se inserir o cardápio, horário de funcionamento, a programação cultural da semana, formas de pagamento, além de adicionar algumas tags ao seu serviço, que permitirão referenciá-lo nas buscas, identificando-o no Maps com possibilidade de salvar para um mapa particular ou, ainda, identificar a posição geográfica do cliente e montar o melhor trajeto até lá. O serviço ainda apresenta estatísticas sobre as buscas, permitindo saber que tags chamam mais a atenção e a localização dos usuários que fizeram tais pesquisas.
A imagem que ilustra o topo deste post mostra uma busca georreferenciada, feita em um horário de almoço, próximo ao meu local de trabalho. Muitos restaurantes são listados, mas as informações não são tão completas. O motivo é que o Maps também localiza as marcações feitas pelos usuários, independente do serviço LBC. Na verdade, esta forma de estar presente não exclui ou substitui a outra. Por que não aproveitar a inteligência coletiva que já marcou seu estabelecimento para, então, complementar este resultado com informações adicionais do seu negócio? A possibilidade de edição e as estatísticas, que podem ser utilizadas de forma estratégica, já seriam excelentes motivos de convencimento para optar pelo serviço.
Mas, voltando à inteligência coletiva e para demonstrar como o Google administra isso a partir de sua base de dados, vou utilizar como exemplo o charmoso sushi bar mais frequentado por publicitários, designers, blogueiros, jornalistas, arquitetos, estilistas e twitters de Fortaleza (e recomendo você ir lá, se estiver pelo Ceará!). Ao fazer uma busca por “Nobi Nori Fortaleza“, a página que retorna os resultados exibe o local marcado em um mapa, com opção de ler resenhas, além de outras informações, tudo extraído a partir de conteúdo postado por usuários na Internet.
Entre os conteúdos, o Google localiza fotos e videos georreferenciados, além de citações ao estabelecimento em outros sites na Internet. Mas o resultado depende exclusivamente das inclusões alheias. Ao contrário do Local Business Center, não traz informações adicionais ou oficiais, tampouco informações sobre pagamento e afins. Não trouxe sequer o endereço do site. Perdeu-se, portanto, uma chance de fazer o usuário chegar a outros canais de comunicação do estabelecimento, a partir de uma busca georreferenciada.
O vídeo abaixo, do próprio Google, apresenta o serviço e suas possibilidades. A favor, devo dizer que o LBC já me salvou em São Paulo uma vez, quando a quantidade de informações disponíveis sobre um estabelecimento específico, durante uma consulta de restaurantes em Pinheiros, foi fator determinante na minha decisão de almoço.
Popout
Para agências e consultorias de marketing, um serviço que pode ser inserido dentro do pool de soluções é o referente ao geoposicionamento e administração destes canais específicos. Com a mobilidade cada vez mais fazendo parte do cotidiano, esta é uma excelente alternativa a complementar os demais canais de comunicação dos clientes com seus públicos.
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