segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Na garupa de uma motocicleta

Em junho de 2003, o evangelista Muhdin Hamdi ganhou um presente que mudaria sua vida: uma motocicleta para levá-lo até as áreas mais remotas de Ziway, uma cidade no centro da Etiópia. As visitas que ele fazia a pé representavam pouco diante das 24 igrejas, 13 evangelistas e 12 obreiros voluntários sob sua liderança. A equipe que Muhdin liderava também precisava de atenção.

“Era muito difícil visitar todos os lugares sob a minha responsabilidade, mesmo que fosse uma vez ao ano. Eu costumava ir a pé aos lugares para os quais não havia transporte público”,comentou o evangelista.

Hoje, dos 400 quilômetros que o evangelista e sua motocicleta rodam por semana, há muitas história de benção para contar.

Uma delas é a cura de Kedija, uma mulçumana que tinha sérios problemas na coluna e sofria de dores agudas que a deixava incapacitada de usar as pernas. Durante doze anos de sua vida, ela dependia completamente dos outros, já que não podia comer, andar, sentar-se, ficar em pé ou até falar por conta própria.

Seu marido e ela tentaram de tudo para que Kedija voltasse a ter uma vida normal. O casal gastou todo o dinheiro e gado que possuíam com curandeiros, e chegou a oferecer as duas filhas em casamento aos feiticeiros que prometiam milagres. Todos os sacrifícios foram em vão. A doença de Kedija era desconhecida. Por fim, ela se rendeu, à espera da morte.

Um parente sugeriu que como último recurso a família chamasse um cristão para orar por ela, pois os cristãos fariam de graça. Muhdin foi convocado. Agora, com sua motocicleta era mais fácil atender a pedidos como esse. Ainda assim o evangelista levou duas oras de moto até chegar a casa de Kedija.

Na casa da enferma, o evangelista explicou ao casal que apenas Jesus Cristo tinha poder para curar, por meio das orações dos que crêem nEle. Ele também narrou a história bíblica de como Jesus curou o paralítico de Betesda, doente havia, pelo menos, 38 anos. Foi somente depois de ouvir essa história que o marido de Kedija concordou que Muhdin orasse por sua esposa.

Depois de alguns minutos de oração, feita pelo evangelista, Kedija foi andando sozinha de seu quarto à sala, enquanto curiosos da vizinhança a observavam e ela gritava: “Goftan Iyesus nefeyse!” (Jesus me curou!).

Muhdin segurou nas mãos de Kedija e lhe perguntou: “Jesus curou você. Você está disposta a aceitá-lo como seu Senhor e Salvador?”. Não somente Kedija se decidiu por Cristo, como outras 33 pessoas fizeram a mesma escolha. Alguns dias depois, aquele grupo de ex-muçulmanos se uniu a outros recém-convertidos, e 300 pessoas no total foram batizadas no lago da região.

O marido de Kedija havia construído uma mesquita em seu terreno, mas depois da cura da esposa, ofereceu a construção para ser usada como igreja para a nova comunidade cristã que acabava de nascer.

O evangelista Muhdin continua a visitar a comunidade de Kedija com sua motocicleta e agradece aos parceiros da Portas Abertas. “Esse é o trabalho do Reino de Deus, esse é o meu povo. Tenho visto o sofrimento de muitas pessoas subjugadas pelo pecado e pelo diabo. Como eu poderia permitir que Satanás levasse almas ao inferno enquanto eu posso fazer algo nas regiões onde a igreja não pode chegar? Obrigado por compreender as dificuldades que temos. Eu louvo a visão que a Portas Abertas tem de encorajar a Igreja Perseguida. Isso nos dá esperança em Cristo e nos anima a continuar, mesmo com a oposição do inimigo. Muito obrigado.”

Posted via web from Blog do Lucas

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